sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Chuva, chuva e mais chuva.

Os  primeiros dias do ano novo começou com muita chuva em diversas regiões do país. São as famosas chuvas de verão, já que estamos na estação mais quente do ano.
Esse tempo chuvoso me trouxe as recordações da infância (que nem faz tanto tempo assim), certa vez me diverti muito tomando banho de chuva. Lembro-me dos chuviscos leves que logo começaram a engrossar, que depois virou um chuveiro a céu aberto. O cheiro de terra molhada, era um convite a permanecer naquele fenômeno natural.



Chuva venha lavar nossa alma, trazendo em seguida o sol para que a vida continue a brilhar...

A Chuva Chove 

A chuva chove mansamente... como um sono
Que tranqüilize, pacifique, resserene...
A chuva chove mansamente... Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine...
E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono...
Véspera triste como a noite, que envenene...

Num velho paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha...
Paço de imensos corredores espectrais,
Onde murmurem, velhos órgãos, árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais...


Cecília Meireles.















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