sábado, 9 de março de 2013

O SENTIDO DA VIDA

Essa é uma história que já deixou muita gente comovida
Fala sobre um homem
Que achava que na sua vida muitas coisas
Pra ele não fazia sentido.
É a história de um fazendeiro,
Um homem sem coração,
Mas que um dia pagou caro
Pelo seu despreso e a sua ingratidão.
Dos quatro filhos que teve,
Três ele trazia na palma da mão,
Com carinho e muita dula,
E o outro era a caçula,
Que seria a sua sina,
Só porque ela era menina,
Ele não escondia a sua decepção,
E pra todos ainda dizia,
Que filho tinha que ser homem,
Que era pra ajudar o pai na lida,
E que um dia seria o dono do seu próprio chão,
E que filha mulher era atraso de vida,
Além de não servir pra ali, não saberia dar ordens,
E jamais poderia um dia ser um patrão.
Em todo o canto que ia, os três filhos ele levava,
Só que a menina ele despresava,
E ela entristecida, chorava escondida, e em seu canto ficava.
Sabendo que o maior erro da sua vida era ter nascido mulher,
Essa era a única culpa que ela carregava.
Mas um dia já cansada do despreso que ela sofria,
Chamando o seu pai de um lado a verdade ela dizia:
"meu pai, o senhor me viu nascer, mas nunca me considerou,
Eu já ouvi muito o senhor dizer, que o seu maior orgulho,
é a sua fazenda de gado, e ver o seus filhos do seu lado,
No lombo de um cavalo, ou em cima de um trator.
Mas é só dos meus irmãos que o senhor tem falado,
Porque comigo o senhor nunca se importou".
E nesse momento dos olhos da menina, uma lágrima rolou.
Mas ela continuou o seu pensamento,
E mesmo chorando ainda falou:
"eu podia muito bem ter nascido um menino,
Talvez tenha sido esse o erro do meu destino,
Que eu acho que ele não me ajudou.
Mas agora eu vejo, que ter nascido a sua filha
Foi mesmo um engano, eu já tenho doze anos,
E nunca ganhei um beijo e um abraço do senhor,
E é com a alma ferida e com o coração queimando em brasa,
Que eu vou me embora dessa casa e vou sair de vez da sua vida."
Ele ouviu as palavras daquela pobre menina,
Mas não se comoveu com as suas lágrimas e ainda falou:
"eu nunca ouvi tanta bobeira, tanta coisa pra eu fazer, e eu aqui,
Perdendo tempo com as suas besteiras,
E se você quer saber, filho mesmo eu só tenho é três,
E já que você quer ir embora, pode ir embora de uma vez."
E ela se foi,
Pegou a estrada e foi embora,
Só levando uma sacola com as roupas que ela usava.
Nunca mais mandou noticia e nunca mais voltou.
Alguns anos se passaram,
E o fazendeiro começou a ver de perto a sua sina.
Dos filhos que sempre adulava,
Não foi bem o que ele esperava e começou a sua ruína.
E mais um tempo depois,
O fazendeiro foi perdendo o seu dinheiro,
Enquanto a doença matava os seus bois,
Os filhos que ele tanto adorava,
Só pensava na farra e na liberdade que tinha.
Pra fazenda não ligavam, passavam o ano inteiro festando,
E assim foram gastando todo dinheiro que tinham.
O fazendeiro foi ficando desesperado,
Seu sangue fervia nas veias,
Gastando com advogado pra tirar os filhos drogados da cadeia.
Depois de velho e cansado,
Ele se viu um homem derrotado,
Abandonado pelos seus próprios filhos,
Ele se viu só, num buraco negro e profundo,
Desprezado por todo mundo, completamente só e endividado.
E a sua fazenda que já foi um dia o seu reino encantado,
Ele teve que vender para um comprador de um outro estado
Que cobriu a oferta que foi dada,
E aceitou as condições que ele pedia.
E ele só venderia a propriedade, se ele pudesse continuar ali na fazenda
Mesmo que fosse pra trabalhar de empregado,
Só pra poder viver ali o resto dos seus dias.
E, com o orgulho ferido,
Reconhecendo o seu fracasso,
Vendo que tudo aquilo que foi construído
Com os seus próprios braços,
Agora não passava de um sonho perdido
Que foi destruído pelos seus filhos
E que fez dele um simples empregado, velho e cansado
Um certo dia ele estava sentado debaixo de uma árvore,
Admirando tudo aquilo que jão foi seu,
Foi quando ele recebeu um recado que ele ia ser dispensado,
E no escritório da fazenda compareceu.
Quando ele foi chegando,
Já foram lhe falando:
"já esta pronta a papelada e só falta a assinatura do senhor."
E ele nervoso já foi respondendo:
"fique sabendo sua secretária, que tudo isso um dia foi meu,
E que no dia em que eu vendi essa fazenda,
O comprador tava sabendo que eu ficaria aqui
Trabalhando de empregado, e o corretor me avisou que ele tinha concordado.
Disse que ele morava em um outro estado,
Sendo que na verdade eu ainda nem o conheço,
Porque nem se quer aqui ele nunca apareceu,
E pode dar um recado pra esse seu patrão sua secretária,
Diga à ele que nesse chão ainda vou ser enterrado,
E eu não vou assinar nenhum papel de demissão".
Aí ela então respondeu:
"o senhor está muito enganado na sua decisão.
O senhor entrou aqui me chamando de secretária,
Não sabe nem o que está dizendo,
Eu é que sou a proprietária dessa fazenda
E o senhor é o meu empregado".
E nisso ele abaixou a cabeça e ficou calado mas depois respondeu:
"eu nunca na minha vida me senti tão humilhado.
Pode me dar a papelada que eu assino a minha demissão,
Eu prefiro pegar a estrada
Do que ter que chamar uma mulher de meu patrão".
Ai ela tirou da gaveta, uns papéis e uma caneta,
E colocou na sua mão.
Depois que ele assinou,
Ela então se levantou e disse assim prá ele:
"o senhor parece que está chorando,
Se o senhor quiser agora pode ir andando,
Que eu tenho mais o que fazer".
E ele foi saindo de cabisbaixo
Lá pra fora,
Sabendo que ia embora, mas sem ter um rumo certo,
Sua vida virou um deserto
E ele se sentia agora realmente um velho desamparado.
E nisso foi chegando um garotinho do seu lado e foi dizendo:
"porque que o senhor está aí chorando parado,
Enquanto a minha mãe também chora de longe te olhando.
Eu nunca vi ela maltratar um empregado,
Mas o senhor pode fica sossegado,
E não precisa chorar mais não,
Que ela já tá vindo aí e na certa vai lhe pedir perdão".
E ele quando viu ela se aproximando já foi dizendo:
"eu não preciso do seu consolo
E muito menos do seu perdão,
A senhora é rica e fazendeira,
E eu sou um velho que já não tem mais nada na vida,
Mas eu vou sair daqui de cabeça erguida
E ao cruzar aquela porteira que por mim foi construída,
Eu quero ouvir o som da sua batida,
Que sempre foi o sinal da minha chegada,
Mas que hoje me aponta a estrada,
Que por ironia, será o meu ponto de partida.
Eu já tô indo embora,
Já até peguei rainha sacola,
E a senhora já pode ir cuidar dos seus empregados,
Que eu não preciso de despedida,
Porque desse chão que já foi a minha vida,
Eu não posso sair daqui assim tão humilhado".
Ai então ela falou:
"dessa vez o senhor não se enganou na sua decisão,
Porque com despreso e humilhação, ninguém alcança a felicidade.
Mas eu vejo que o senhor já aprendeu bem a lição
E só uma coisa o senhor ainda não percebeu.
Que durante trinta anos eu sempre
Acompanhei os seus passos, eu vi a sua glória e o seu fracasso.
E se o senhor ainda não está me reconhecendo,
Eu vou te contar toda verdade.
Um dia eu também fui tão humilhada e despresada
Pelo meus pais e meus irmãos,
Que aos doze anos de idade,
Eu tive que pegar a estrada,
Só levando amargura e solidão,
E eu fui dizendo pra mim mesma que um dia eu me vingaria,
E quando eu vencesse na vida eu voltaria,
E mostraria para todos o meu valor.
Mas eu já estou vendo nos olhos do senhor nas lágrimas
Que estão caindo,
Que o senhor agora já sabe quem eu sou,
E a dor que eu estou sentindo.
Mas eu aprendi que a vingança não é uma boa aliança,
E só aumenta nossa dor.
E por favor meu pai, chega de chorar,
Não vamos mais sofrer,
Me dê um beijo e um abraço,
Que um abraço e um beijo eu também quero ti dar.
O mundo me ensinou a viver,
E vida me ensinou à perdoar,
Por isso o senhor não precisa mais ir embora,
O senhor já tem sua fazenda de volta para cuidar.
E pro senhor melhor entender,
Eu faço questão de mostrar,
Que os papéis que assinou agora pouco na minha mesa,
E que nervoso o senhor nem leu antes de assinar,
Não era a sua demissão,
Era a escritura da fazenda
Que eu estou lhe devolvendo em suas mãos,
Esse é o presente que eu queria ti dar.
E comigo o senhor não precisa se preocupar,
Que eu estarei aqui bem perto em outra fazenda
Que eu acabei de comprar.
E já que o senhor, não vai mais embora,
Me de então sua sacola,
Que o seu neto também quer lhe abraçar".
E ele que andava se sentindo tão sozinho,
Quando aquele menino o abraçou,
Beijando o seu rosto chamando de avô,
Se ele tinha algum resto de mágoa no pensamento,
Naquele momento se acabou.
Chorando ele abraçou a sua filha e o seu netinho,
Pediu perdão pelo seu passado,
Totalmente arrependido.
Voltou a ser um homem honrrado,
E só então pra ele, a sua vida,
Finalmente fez sentido. 


Esta é uma canção do Marco Brasil. 

segunda-feira, 4 de março de 2013

Entrevistando o Maruyama!





Uma das primeiras entrevistas da minha vida enquanto estudante de jornalismo foi com Alysson Maruyama, um encanto de pessoa, guri pra lá de sorridente!

O jornalista foi até a universidade rever os professores e compartilhar com os futuros comunicadores sua experiência no jornalismo diário.

Alysson, trabalha atualmente na TV TEM emissora afiliada da Rede Globo, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo.



   

Muito obrigada Alysson Maruyama, te vejo nas redações da vida ;)